segunda-feira, 21 de maio de 2012

#193 - Família... um "bem" necessário.

Felizmente, um número pequeno de pessoas pode dizer que vive numa família harmonioza e feliz, porque grande parte dos grupos familiares vive em desarmonia plena, algo fora do comum, ou mais comum do que deveria ser.
E essa desarmonia tem origem em vários fatores que vão desde a união imatura dos pais até a incapacidade de diálogo para resolverem conflitos, o que reflete para os filhos e agregados.
No espiritismo, tal desarmonia se explica pela união de seres que outrora cometeram delitos uns com os outros e como forma de "resgate das faltas pretéritas", são juntadas no seio familiar a fim de se amarem.
Sobre família, de forma generalizada, comento em outro post, pois o melhor que posso fazer agora é falar da minha.
Não sei do passado de meu pai, exceto que ele nasceu em Londrina-PR (e o que sei, sei pelos outros), haja vista que ele nunca foi presente para a família. Até hoje, os diálogos com ele só ocorrem com a minha irmã ou parentes dele. Tal atitude fez com que fosse criado um "abismo" entre ele e eu e o faz sentir-se o "todo poderoso" não aceitando sugestão de espécie alguma de minha parte ou da minha mãe, por vezes, ouvindo minha irmã. Se não ouve ou pede sugestões, tão pouco compartilha o que se passa em sua vida, sem nunca ter dado importância à família. Além do mais, ao invés de apoio ao que faço/ fazia, ou era ignorado ou recebia crítica de toda ordem e sem fundamento. Para exemplificar, no Natal do ano que passou, em um
diálogo transcorrido entre ele e uma amiga e ex-namorada, fiquei sabendo (sem maiores detalhes) que ele tem uma sociedade num bar/ birosca/ seja lá o que for e com a afirmativa de que eu não estava ciente disso. Tal revelação se fez porque o mesmo já estava embriagado (como de costume).
Minha mãe, nascida na roça (como meu pai) em Carapebus-RJ e junta com outros 7 irmãos, tentou a sorte na cidade grande. Cresceu sendo uma moça prendada (apesar de não gostar dos afazeres domésticos), deu aula no colégio local, foi secretária e até gerente de joalheria. Junto com meu pai e por iniciativa dela, chegaram a ter 2 automóveis e 2 licenças para taxi, substituindo um bem de cada para realizar a compra do imóvel próprio. Ao contrário do pai, ela sempre foi dedicada à família e apesar de sua inteligência, não conseguiu convencer meu pai a seguir o mesmo caminho nos estudos e acabou "travando" no seu intelecto. Oposto a ele, ela sempre incentivou-me para o melhor, entretanto, numa observação mais fria, percebi que
esse melhor era para "ela", deixando meus planos e vontades em segundo plano. E assim o é até hoje.
No que diz respeito a minha irmã, sempre a apoiei em tudo que pude, entretanto nunca tive seu apoio para nada e ai de mim de não fazer suas vontades, pois sou tratado como ingrato e coisa pior.
Ainda bem que temos os amigos para formar a família que queremos. Mas está aí algo que desconheço, principalmente se for colocado a palavra no seu real significado. Se eu conseguir contar nos dedos, da palma de uma mão a quantidade que posso contar, de repente posso até ficar sem os dedos.
¿Abraços!